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Bring it Back: Jay-Z – Takeover

By 11 de setembro de 2013 No Comments

The Blueprint 1

Hoje é 11 de setembro, e exatamente há 12 anos atrás, no ano de 2001, aconteceu um fato que ficaria marcado para todo o sempre na história da humanidade (No Osama), é claro que eu estou falando do lançamento de “The Blueprint”, sexto álbum de estúdio do rapper Jay-Z e talvez o seu mais influente até hoje.

E falando de Blueprint acredito que a primeira coisa que vem a cabeça de todos é: Takeover. O álbum é lembrado até hoje não só pelas rimas de duplo e triplo sentido ou os beats cheios de influência da Soul Music, mas principalmente, por botar fogo na rivalidade entre Hov e Nas. Até ali os dois trocavam farpas indiretamente em outras músicas, mas Takeover foi um jab certeiro, com direito a name-dropping (que está em alta recentemente) e tudo mais.

Começando pela produção divina de Kanye West — até então ‘Ye era apenas um produtor buscando seu lugar no rap game, muito longe de tornar o Sr. Kardashian — ele usou um sample da música “Five to One” da banda The Doors e “Sound of tha Police” do KRS-One. Algo inovador, afinal de contas eram poucos os que haviam ousado a misturar rock e rap até então, mas o flip do sample casou perfeitamente com o flow de Jigga e a cada “C’mon” do Jim Morrison ao fundo parecia um chamado para a guerra.

Depois de um primeiro verso que serve como introdução, Jay começa os ataques no segundo, são 16 linhas direcionadas a Prodigy do Mobb Deep. A primeira vez que Takeover foi apresentada ao vivo foi no Summer Jam de 2001 e é provavelmente a mais clássica performance do festival até hoje. Naquele dia fotos de Prodigy usando roupas de balé quando criança apareceram no telão, fato que foi abordado na música, além disso ao final da apresentação um sample do Jackson 5 tocou e ninguém menos que Michael Jackson surgiu no palco para acompanhar Izzo (H.O.V.A.), hit single da época. Até então apenas os dois primeiros versos da música foram tocados, terminando com “Ask Nas, he don’t want it with Hov, no!” e deixando o melhor para o álbum.

prodigy

Chegamos ao ápice da música, o terceiro verso que vinha com 32 linhas, o dobro dos dois primeiros, afinal Jay-Z tinha muito a dizer. Com rimas direcionadas a Nas, temos citações clássicas para o rap — “Fell from ‘top 10’ to ‘not mentioned at all’; “You made it a hot line, I made it a hot song”; “That’s a one hot album every 10 year average” — o verso inteiro é sensacional. Aqui Hov traz a tona assuntos como o declive que Nas teve na qualidade de seus discos após o clássico Illmatic, que o rapper de Queensbridge nunca tinha visto uma tinha visto uma arma antes e que mentia em suas letras (história confirmada por Large Professor) e o uso de um sample de Nas na faixa “Dead Presidents II”.

Mais tarde os dois fariam as pazes pelo “bem dos negócios”, mas a faixa foi tão importante que até hoje existem discussões para definir se “Ether” ou “Takeover” é a melhor diss track de uma das maiores beefs do rap mesmo sabendo que Takeover é muuuuuuito melhor. Não se esqueçam dos clássicos e relembre esse abaixo:

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Joe

Joe