No dia 16 de abril de 2018, tivemos a oportunidade de trocar uma idéia com o rapper Don L, que na época estava fazendo show do tão bem quisto Roteiros para Ainouz III, seu primeiro disco.

Mesmo sendo esse seu primeiro disco, ele já possui uma longa caminhada, seja pelo Costa a Costa, grupo que teve em 2005 com o Nego Gallo, Berg Menes e DJ Flip, seja pela sua carreira solo, com o lançamento da mixtape Caro Vapor – A vida e veneno de Don , já falada por aqui.

Essa entrevista inicialmente seria divulgada em vídeo, mas perdemos os arquivos antes que pudéssemos fazer o backup. Tentamos recuperar, mas sem resultados. Como gravamos o áudio também, estamos transcrevendo ela na íntegra para vocês. Como dito no começo, essa matéria foi feita em abril e constou como parte da cobertura do show ocorrido no CCSP, dias 21 e 22 de abril. (https://www.instagram.com/p/Bh4waQvg8sQ/)

Caso queira conferir como foi a apresentação do dia 22 de abril:

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[Raplogia] Bom, a primeira pergunta é do início, terminado o Costa a Costa em torno de 2010, houve um certo tempo para o lançamento da primeira mixtape (Caro Vapor). Foi premeditado esse tempo, ou conforme foi rolando?

Ah, foi a vida mesmo, difícil naquela época. Hoje em dia existe uma sensação de que é um pouco mais simples do que era quando tava fazendo meu corre pra lançar meus sons, ta ligado? Mesmo na Caro Vapor, que já é bem mais adiantado, com um cenário muito mais propicio do que quando foi com o Costa a Costa, mas na Caro Vapor ainda tinha que, tipo, ainda tava em fortaleza e tinha esse lance de gravação, mixagem, produção dos beats e tal. Eu sempre tava tentando fazer um disco e muito sozinho, sem muita estrutura e ai eu conheci o Billy gringo, foi um cara que me deu muita força nesse disco, producer Billy Gringo, que hoje em dia ta trampando como DJ também. Ele é um produtor de rap da Califórnia e tava morando em Fortaleza a oito anos, e isso foi uma coisa muito determinante, porque antes disso era eu sozinho lá pra fazer meu disco solo, o (Nego) Gallo tava no corre dele pessoal de vida e é isso, foram tretas de vida pessoal.

[Raplogia] Outra coisa dessa sua primeira mixtape é que ela já tinha uma sonoridade diferente, você que produziu os beats?

Eu dirijo né, sempre pego beats de outras pessoas, mas coloco sempre a minha mão e na Caro Vapor acabei mixando, sem saber, fui aprendendo. Foi um processo, por isso demorou também, porque passei pelo menos um ano para mixar, porque tava aprendendo a mixar e mixando.

[Raplogia] E dessa época também, você participou de algumas músicas, fez trilha de filme. Como foi aumentar o alcance para esse lado? Porque terminando a Caro Vapor, você lancou os clipes, atingiu certo público e continuou fazendo essas participações, até então não planejava um álbum?

A mesma coisa, agora que eu to com um planejamento de carreira mais organizado, entre a mixtape e o disco, eu fiquei focado em conseguir chegar num disco que eu queria, e enquanto isso fui fazendo participações, fazendo essas paradas, estou desse jeito, estou com um disco na cabeça, com algumas coisas prontas e enquanto ele não sai, vou fazendo participações. Tem o disco do Diomedes que vai sair, Comunista Rico, que tem participação minha, tem outros bagulhos aí na agulha que não sei se posso falar, já que é o trampo de cada um.

[Raplogia] Solta o spoiler ai!

A do Dio eu seu que eu posso, porque vai sair muito em breve, tá rolando o clipe.

[Raplogia] Então vai ser a musica de trabalho? Com clipe.

Não sei se é musica de trabalho do Diomedes, é um clipe mesmo, um single. Alias nem sei se existe mais musica de trabalho, ta ligado? Faz o disco, e tenha uma musica, que seja o single, a musica de trabalho… Talvez não exista mais isso, hoje em dia ta mais pra um trabalho que é o álbum, fora isso tem singles que as pessoas lançam, e ai vai vendo, porque hoje em dia o retorno é imediato né?

Capa da mixtape

Capa da mixtape “Comunista Rico”, de Diomedes Chinaski

Mas os singles acabam sendo esse tipo de musica de trabalho, porque são músicas que acabam chamando o povo pra consumir o álbum.

Sim, mas no sentido que de hoje em dia se grava vários singles por exemplo, antigamente não se podia fazer isso, musica de trabalho significava todo um esforço e investimento. Por isso tem esse nome de música de trabalho, você tinha uma musica que podia investir seu dinheiro nela. Ai você ia pegar umas cópias, mandar para as pessoas, se você tivesse grana ia pagar jabá pra radio, se não tivesse mesmo assim você ia colar nas rádios e isso exige um investimento. De você mostrar pra todo mundo que essa é a música que você ta trabalhando, porque você quer massificar na cabeça das pessoas aquela música. Hoje em dia você não precisa disso, porque você lança três singles vamos supor, aí o que acontece? Você vê os números.

Exemplo o funk, os cara vivem de single.

O funk é mais ainda, os cara lançam 3 musicas por semana tá ligado? Num dia desses tava vendo isso, tem caras com músicas com 40 milhoes de visualizações e tem música que não tem 30 mil. Muito abaixo, lançam muito e tem músicas que não dão nada. É muito extremo.

E os caras não fazem álbum, o que é curioso no funk, não fazem álbum, nem EP, dependem do single, se estourar maravilha, se não já fica na de fazer outra.

Eu troco essa ideia com algumas pessoas, o Mc Lan tá na pilha de fazer uma mixtape, me chamou pra fazer uns sons, o Guimé fez um disco. E eu acho que os cara tem que fazer disco, eles tem que continuar com essa parada, mas tem que fazer disco também, porque a carreira no funk é curta, e eles tem que fazer um projeto de carreira, eles merecem um maior alcance. Porque ai eles fazem um sucesso estrondoso durante 3, 5 anos que seja e somem. É só dar uma olhada, cade o Bonde do Tigrão? Cadê os caras de 10 anos atrás do funk? Tá ligado? O álbum ele é importante pra isso. O bonde do tigrão ainda tem, talvez por isso eu lembre, tanto que ele lançaram na época que ainda tinha umas gravadoras assinando com o funk

Entre o final do hype do axé e o inicio do funk, ainda tem álbuns. Grupos como Tchakabum e bonde do tigrão ainda conseguimos lembrar

Pois é, muitos caras que fizeram sucesso nesse meio tempo, ai hoje em dia não sei onde estão os cara. Se não tiverem investido muito bem a grana deles, talvez eles não estejam tão bem de vida. Isso é uma parada que é uma profissão também, você tem que pensar no seu futuro.

Single tem a parada do tiro curto, as vezes dura 3 meses no sucesso e depois morre, se ele tiver um som engatilhado como se fosse um álbum pra lançar, aí vai estendendo a carreira. Mas como só tem um, ai vai trabalhando em outro pra lançar, fica dificil.

Isso ai força uma ambição artística maior, fazer um álbum, um conceito de álbum. Uma parada que você está fazendo pra ficar para a posteridade, você se força a pensar num bagulho mais coeso.

Como você disse do MC Lan, ele já anunciou que que vai fazer uma mixtape, e ele te convidou, como foi receber esse convite, já que ele não é um cara que não ta inserido no meio do rap?

Achei bem loco, porque ele entrou em contato pelo instagram. Eu queria acompanhar mais o funk, não acompanho tanto, mas eu conhecia ele já. Tava voltando de um show em Recife e tava trocando ideia com o Terra (Preta), o Terra Preta é um cara que acompanha os funk de verdade ta ligado? Sempre quis fazer uma ponte assim com o funk. Achei bem loco, fiquei feliz por isso e espero fazer esse som junto e espero fazer mais sons em parceria com o funk, ta ligado? Acho que o rap precisa. E não tem separação na verdade, funk é o rap brasileiro, como se fosse Trap gringo né. Os cara fala de putaria, de festa e de crime, e quando fala de crime fala como se fosse o funk carioca, ou o proibidão de SP tbm. É naquele nipe, não é como o Nas falando do crime ta ligado? Altas idéias sobre o crime e pá. É poucas idéias na real, é isso, e eles fazem outro tipo de rap. Não é o rap do Nas, é o rap deles.

Inclusive são bem parecidos, a historia do rap com o funk aqui são parecidas.

Sim, eu sempre falo que tem um tipo de rap, que eu chamo de rap de 3° mundo, que ai eu enquadro todos: o funk, o reaggeaton, o kuduru de angola, talvez o dancehall. É que na Jamaica as coisas são bem peculiares, mas é isso. É um tipo de manifestação que nasce muito parecido com o rap. Nasce com as mesmas origens do rap e alguns nascem do rap, como o funk. O funk nasceu do Miami Bass, então o que acontece, os caras faziam uns rap’s em cima do Miami bass que é um tipo de rap, que era o Mantronix, 2 life crew, esses caras assim. E os cara pegava os beats dos caras e faziam funk e isso era o funk brasileiro até o momento que o cara pegou a batida de maculelê, que chamam de tamborzão, não sei o nome do cara mas esse cara tinha que estar na história da música brasileira, ta ligado?

Ele é tipo um João Gilberto, sem sacanagem. O cara inventou a porra da batida eletrônica brasileira mais original. Qual a diferença disso pro cara que criou a bossa nova, entendeu? É só questão de erudição, mas o cara foi um gênio também. O cara colocou a batida de maculelê na MPC e fez um bagulho que é a cara do povo brasileiro, que você bota em qualquer lugar e as pessoas não conseguem ficar sem balançar a cabeça. As mulheres não conseguem ficar sem rebolar, os cara não consegue ficar sem rebolar também ta ligado? Não tem como. O bagulho é muito da cultura, então os cara fizeram isso, pegaram uma parada de raiz e usaram, mas nasceu de onde? Nasceu do hip-hop ta ligado? Agora ta acontecendo o contrário com o pagodão baiano.

É o que chamam de axé aqui em SP?

É que é diferente, na Bahia é todo um mundo né, tem mil fitas lá, tem o axé, tem o pagode, tem a swinguera, tem um monte de vertentes. Aí tem uma delas que chamam de pagodão. Na real chamam só de pagode. Eu conheci quando era o Fantasmão, era o Edcity. Esses caras é rap mano. Já viu show dos caras? O show dos caras é uma produção cinematográfica do bagulho, os cara entra de moto, vários caras, tipo show do Racionais, entra uns trinta caras, entra todo mundo com algum visual que tem a ver com a parada do show e os papos do cara é um papo de favela pra caralho, é isso. Mute o bagulho, tu vê o rap, se tirar o mute, ai é um pagode, e ai agora o que acontece? Cada vez mais incorporando elementos do rap mundial nesses bagulho que eles faziam, então é meio contrário do funk, que começou com o 2 life crew e botou um bagulho brasileiro e esses caras começaram com um bagulho brasileiro e tão botando coisas de rap gringo.

É como o funk paulista, que começou a andar em paralelo com o trap.

É, o trap e o funk era esperado de se fazer. Lá em Recife também tem o brega.

Madame Satã

Madame Satã”, por Karim Ainouz

E mudando o foco, o que você usou de influência pro Roteiro pra Ainous?

É muita influência. E eu nem sou um cara de fazer trampo em cima de influência. Basicamente é minha vida ali, minhas influências de vida mesmo saca? Então você vai conseguir ouvir nos meus sons um bagulho meu. Porque quando eu escuto por exemplo, um dos principais dessa nova geração que nem é tão nova mais, que é o J.Cole, Kendrick Lamar e Kanye West, tem esse caras, aí tem o Jay-Z, tem o Nas que são anteriores e antes deles tem o 2Pac e o Biggie. E eu me sinto me sinto um cara que tem as mesmas influências ou influências parecidas com o J. Cole e do Kanye West por exemplo. Eu ouvi muito 2pac e o Kanye tem muito do 2pac.

E essa influência é subjetiva, você escuta o bagulho é atitude, mais do que imitar um flow. Então quando faço eu faço como se estivesse entre eles né, então não admito que meu som fique parecido com o de algum gringo, se ficar, não tá bom. Muitas vezes eu escuto trap, não sei se é correto dizer isso, mas os gringos mesmo se imitam também, o trap é um bagulho que é muito o mesmo flow sempre né? Não importa o grupo os cara usam o mesmo flow, não tem essa parada de ser muito original como tem no rap. Mas é isso, tento fazer uma parada que seja eu mesmo bebendo de todas essas influencias ai, curtindo os sons desses caras todos.

Perguntei sobre suas influências, porque o RPA3 foi um ponto fora da curva em comparação aos lançamentos nacionais, há uma mistura de elementos de rap atual e letras diferentes. E enquanto havia uma expectativa pelo trabalho do Baco, veio você e o Nill e mostraram algo diferente.

Isso é o que a gente consegue fazer né? Eu tinha uma idéia pra realizar do RPA3 e aquilo foi o que eu conseguir realizar daquela idéia. A gente trabalha aqui no Brasil com uma limitação também, nesse sentido, do que pode realizar. O que importa é que você tenha um feeling, um sentimento que a pessoa que vá ouvir sinta. Isso vai desde a capa do disco até a ordem das faixas, produção, mixagem, como você grava, a interpretação que você faz, tem que tá tudo passando aquele sentimento.

Participou da criação da capa?

Sim, sempre participo de tudo. As coisas que eu participei pouco foram os clipes antigos, e me arrependi na real, gostaria de ter participado mais. E estou sem fazer clipe a um bom tempo porquê quero participar mais, quero ficar mais ativo na produção do clipe.

Fugindo um pouco da musica, você sempre deixou claro seu posicionamento político e fala nas musicas abertamente ser comunista, nas suas redes sociais você se posiciona mais a esquerda e atualmente tem surgido uma parcela reacionária no rap. Você é criticado por isso, ja sofreu boicote?

As vezes uns caras mandam mensagem falando:”- Pô Don, sou muito teu fã e tal mas eu sou de direita mano, tem algum problema?” (risos) Tem na real (risos), às vezes quero perguntar, qual o teu problema?
Mas não é isso, o que acontece. As pessoas tem uma carência muito grande e uma ausência de formação sólida. Ausência de formação, que é diferente de informação.

Capa de

Capa de “RPA3”

Formação acadêmica mesmo?

Não formação acadêmica, de formação mesmo. Quando comecei a fazer rap, o primeiro cara do rap que eu conheci da minha cidade eu tive que ir atrás dele porque em Fortaleza, tinha os grupo de rap e tal e tinha o preto Zezé, que faz os rap e tal e dá aula pra molecada na Febem. Aí eu colei na Febem pra encontrar o irmão com o livro do Malcoln X debaixo do braço. Então a gente tinha essa idéia de que pra fazer rap, não necessariamente, mas era uma coisa importante, você adquirir conhecimento, e o conhecimento vinha através dos livros. Até então ninguém tinha me incentivado a ler um livro, ta ligado? E não era uma parada de “Vou ler esse livro pra fazer uma letra”. A gente precisa adquirir esse conhecimento, porque isso aqui é uma arma, a gente era educado a pensar que os livros eram uma arma, uma auto-defesa.

Porque era o (Mano) Brown quem dizia, era que o Gog quem dizia, ta ligado? E isso se perdeu um pouco no rap, e a molecadinha pega a informação na internet não pra se defender do mundo ou pra se colocar no mundo como a gente fazia. Eles pegam informação na internet pra conseguir lidar com a própria auto estima baixa deles. Pra conseguir ser alguém, tipo “Olha eu tenho uma opinião”, “eu sou um ser”, “eu existo, eu penso”. E o que eu penso é isso aqui. Então existe uma ansiedade muito grande pra se dizer o que se pensa sendo que você não conhece nada sobre a vida, sobre o mundo, você não leu nada. O que você ta querendo? Porque você tá com pressa assim pra dizer o que você pensa sobre todas as coisas que acontece no planeta? Tá ligado irmão? É muita certeza e pouca dúvida, aí você pega os cara e pô, é pegando tabela, da tabela, da tabela… Pega um vídeo, que é um cara falando sobre um livro que já é baseado na teoria de outros caras, que analisam a teoria dos caras, que pensaram o bagulho mesmo de verdade. Então, se você quer realmente pagar de inteligente, vai estudar, vai estudar mesmo. Vai saber das coisas e vai viver também.

Porque uma coisa é ler os livros, livros todos eles ensinam, mas sem a vivência não adianta nada. Você tem que conhecer a complexidade do mundo, das coisas, saber colocar pesos e medidas. Digo, nas contradições, porquê às vezes pode não gostar de uma pessoa, ou não gostar de certas atitudes dela, mas tem outras atitudes dela que você precisa reconhecer. Tem a importância que você precisa reconhecer. De repente você acha que um rapper é mó cuzão na vida pessoal, ou trombou ele e ele foi mó otário, ou você sabe de procedimento que adota na vida dele que você não gosta. Mas você entende que o trabalho dele tem uma importância, tanto pro estilo, pro rap ou pra musica, como pra vida de algumas pessoas. Tudo tem que ser colocado na balança.

Foto por Marcola

Foto por Marcola

Outro lance que queria perguntar, você é bem participativo nas redes sociais também, compartilhando quem ouve teu som, opiniões. Hoje em dia, o artista participa mais do lado burocrático, tá começando uma tour. Como tem sido mais esse lado manager?

Na verdade não é que eu faça o manager, eu atuo nas minhas redes sociais, que é uma questão muito pessoal na real. E eu ainda acho que atuo pouco saca, comparado a uns caras que colocar totalmente a vida deles online ta ligado, mas o que eu tento fazer é usar as minhas redes sociais como forma de a pessoa entrar mais no meu mundo, ou seja, no que to pensando, no que to vivendo. Hoje em dia eu sou um cara que to me informando sobre vários bagulho que diz respeito a alimentação então eu coloco isso lá, eu to lendo sobre politica eu coloco isso lá… pras pessoas acompanharem meu pensamento e acompanharem como eu to vendo o mundo e entrarem no meu mundo, pra quando ouvirem meu som, elas vao ter outra visão tambem daquilo, ficar mais próxima.

Algo presente no CD, é que você colocava aqueles textos em cada musica no youtube, falando…muita gente pode não entender de primeira, mas com essa explicação, que não é uma anotação do site, contando um contexto daquilo dá até pra formar um clipe na cabeça..

É bem isso na real, pela ausência de ter um clipe, de ter como expor mais ta ligado, porque a musica hoje em dia você precisa trazer as pessoas pro universo daqueles sons. Apesar de ainda não ser a maioria das pessoas, não tem essa cultura de ir lá ler o bagulho ta ligado, porque hoje em dia é vídeo. Então você que leu os textos de cada musica, imagina se eu fosse gravar aquilo em vídeos. Praticamente impossível, porque se eu for querer passar a ideia que eu quero, se eu for querer gravar um clipe pra passar um teor de ideia exato que eu quero, vou precisar de um grande orçamento entendeu? Então a gente tem outras formas de fazer isso. Porque a musica já é isso, tem um texto sobre falando a musica pra completar e trazendo você pra dentro daquele universo. Mo parada.

[A entrevista foi feita pelo nosso colunista Arthur Garbossa, mas, por problemas técnicos, foi postada pelo meu perfil]

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Marco Aurélio

Marco Aurélio

Fotografo shows sujos onde frequento, escrevo rimas que nunca vou lançar e faço pautas sobre coisas que vocês (ainda) não conhecem.