Ano após ano rappers aparecem no cenário e despertam a atenção da mídia e dos fãs de música. Em 2013, o Raplogia fez uma lista com rappers com potenciais para estourar (ou começarem) no ano seguinte, algo que na época fez bastante sucesso, e pelos menos, acabamos acertando.
Três anos depois, estamos de volta com a lista rappers para se observar no ano de 2017. Juntamos nomes que começaram a aparecer no radar do site nesse ano e que se acredita e muito no potencial. Sem mais delongas, vamos a lista:
O rapper de Portland tem uma carreira curta, mas que já chamou a atenção de muitos. No começo de 2016, Aminé assinou com a Republic Records e logo depois soltou o single “Caroline”, que alcançou um bom sucesso nos Estados Unidos.
Lembrando e muito Chance The Rapper, Aminé tem apenas 22 anos e muito provavelmente vai lançar algum trabalho nesse primeiro semestre do ano. O último foi a mixtape Calling Brio em 2015.
Durante o desenvolvimento dessa lista, Boogie apareceu como um dos rappers favoritos da cantora Rihanna em um post dela em suas redes sociais. Boogie é de Compton mas cresceu em Long Beach, e é definitivamente um dos novos prodígios da costa oeste.
O som de Boogie é bastante provocativo, lembra a ousadia de Kendrick Lamar em alguns momentos. Ele tem duas mixtapes e um disco foi lançado nas plataformas digitais. Seu contrato recém-assinado com a Interscope promete ser a lenha necessária para um grande lançamento em 2017.
Vindo de Boston, Cousin Stizz carrega muito do cenário da cidade do estado de Massachusetts nas costas, poucos rappers saem de lá, e por se tratar de um local tradicional dos Estados Unidos, a pressão é grande para ela ter uma cena hip-hop relevante.
Stizz gosta de graves, é o que podemos ouvir nas suas duas mixtapes Suffolk County e Monda, lançadas respectivamente em 2015 e 2016. Ele não segue nenhum estilo com intensidade, mistura bastante de suas inspirações vindas do trap e de Pharrell Williams. Com 24 anos, ele é uma das promessas da cidade dos Celtics e para o ano que está começando.
Dae Dae é mais um rapper vindo de Atlanta que vem representando o trap. O rapper de 24 anos começou a rimar faz pouco tempo, mas seu primeiro som “Wat U Mean (Aye, Aye, Aye)“, já fez um enorme sucesso. Com duas mixtapes no ano de 2016, 4 Reasons e The DefAnition (com London on da Track), o rapper promete continuar a frequência nos lançamentos neste ano.
Não soando como os mumble rappers, Dae Dae consegue fazer músicas com uma pegada bastante animada no maior estilo trap de Future. Ele parece o próximo rapper a emergir de Atlanta, assim como Young Thug, 21 Savage, entre outros surgiram nos últimos anos.
Com apenas 18 anos, Dave vem do distrito de Streatham, no sul de Londres, para ser uma das grandes promessas do grime para o próximo ano. Depois de Skepta estourar em 2016 com Konnichiwa, o gênero musical britânico vem sendo tratado como mais seriedades em outros países, principalmente nos Estados Unidos da América.
Dave, assim como Skepta, teve o contato de Drake após sua música estourar na Europa. “Wanna Know” teve um remix do canadense, mas a sua versão original já é uma ótima faixa que merece atenção por si só. Dave é bastante melódico nas suas faixas, sem problemas em trabalhar seus próprios refrões. Seu estilo é mais cadenciado do que o que ocorre frequentemente no grime, o que faz dele ter uma maior autenticidade.
Mais um artista de Chicago, mais um fechado com Chance The Rapper. Joey Purp é um dos membros fundadores do coletivo Savemoney, que além dos dois já citados, traz Vic Mensa e outros artistas. Em 2016, Purp lançou a mixtape iiiDrops, que foi elogiadissima pela crítica e público.
Se acompanharmos o sucesso dos seus companheiros de Savemoney, Chance e Vic Mensa, Joey Purp tem um caminho muito favorável a sua frente. O flow do rapper tem muita qualidade e uma evolução nos últimos anos até a iiiDrops é notável. Hora de aguardarmos o primeiro disco ou uma nova mixtape do rapper de Chicago.
Rapper e bombeiro, essa é a definição de Ka. Natural de Brownsville, ele não é um novato no jogo, ao contrário, tem um bom tempo de estrada. Com 44 anos, o rapper começou a ter um destaque recentemente e tem tudo para superar o sucesso do trabalho Honor Killed The Samurai em 2017.
O flow de Ka lembra muito o de MF DOOM e é um rapper com a cara das quebradas de Nova York. O fato dele ser bombeiro chamou a atenção dos jornais americanos anos atrás, que publicaram críticas referente ao seu trabalho como rapper, dizendo que ele promove mensagens anti-policiais. Ka continuou trabalhando firme, e tem um dos melhores trabalhos independentes de 2016. É hora de ficarmos de olho para novos caminhos para o rapper de Brownsville.
A rapper de Oakland apareceu forte no ano de 2016. Participou de um single do disco Still Brazy do rapper YG e lançou sua mixtape A Good Night in the Ghetto, ganhando visibilidade para ser uma das promessas do ano que vem.
Kamaiyah tem uma pegada bastante costa oeste, mas se influencia muito na sonoridade própria da sua cidade que sempre esteve presente nos trabalhos de E-40, Mac Dre e Too Short. Mas longe de comparações, a rapper é uma das melhores que apareceram nos últimos anos.
Nascido no Havaí, MadeinTYO se estabeleceu em Atlanta após passar por diversos locais devido a sua família fazer parte do serviço militar dos EUA, ele chegou a morar em Tokyo – é daí que ele tira seu nome, “Made-in-Tokyo”.
O rapper fez um sucesso considerável em 2016 com a mixtape You Are Forgiven, que contém a música “Uber Everywhere”, feita em parceria com Travis Scott e o EP Thank You, Mr. Tokyo que fez um barulho bacana. Ele é assinado com a Warner Bros e tem tudo para ser um dos destaques de 2017. MadeinTYO consegue misturar o R&B com o trap muito bem em algumas faixas, e tem muito influência da música japonesa, como podemos ouvir no início de “I Want”.
Com 25 anos, a rapper Noname é Fatimah Warner, natural de Chicago e que vem como uma das grandes promessas da cidade no mundo da música. Em uma cidade onde o drill e outras variações violentas do trap imperam, Noname conseguiu junto a Chance The Rapper trazer outros ares para a cidade do vento.
Afiliada a Chance, as primeiras aparições da rapper foram em trampos dele e de Mick Jenkins alguns anos atrás. No ano de 2016, a mixtape Telefone foi um dos grandes destaques (e surpresas) do cenário. Para 2017 ela promete um trabalho chamado Noname, e que estamos aguardando ansiosamente.
Com um flow claramente inspirado no Bone Thugs N Harmony, o jovem de 21 anos Kevin Pouya é uma das promessas do rap da Flórida, que no ano de 2016 teve grandes aparições por meio de Denzel Curry e do próprio Pouya.
Desde 2012, Pouya vem lançando de maneira independente inúmeras mixtapes, como Don’t Sleep On Me Hoe, Stunna, South Side Slugs, que culminaram no seu primeiro disco, Underground Underdog, lançado em 2016 e que trouxe as participações de artistas amigos do rapper como $uicide Boy$, Shakewell, Fat Nick e até a dupla Ying Yang Twins.
Vindo de San Diego, Rob $tone teve um dos hits de ano no rap, a música “Chill Bill”, que usa como sample o “tema do assobio” composto por Bernard Herrmann e eternizado por Quentin Tarantino em Kill Bill Vol. 1. A música gruda em sua cabeça na primeira ouvida, mas o jovem rapper de 21 anos não fica por isso.
$tone lançou uma ótima mixtape em 2016, I’m Almost Ready, prova como ele é um grande prospecto do cenário. Misturando trap, trazendo um pouco de cloud rap, e colocando muito mais em um grande mix, ele tem grande chance de conseguir mais espaço no ano de 2017.
A rapper do Brooklyn me chamou a atenção na sua participação no disco de Statik Selektah, Lucky 7. Mandando pequenos versos na faixa “Murder Game”, ela se mostrou a vontade do lado de lendas como Buckshot e a dupla Smith N Wessun.
Em 2016 ela estourou com o hit “OOOUUU”, que acabou ganhando inúmeros remixes de rappers de nome no cenário. M.A. representa muito bem o Brooklyn com rimas agressivas e um flow com a cara da costa leste. O maior exemplo de potencial nas rimas da rapper é no freestyle que ela fez em cima do instrumental da clássica “Quiet Storm” do Mobb Deep. Ela está sendo muito requisitadas pelas gravadoras, mas ainda não assinou com nenhuma.
Outro fato interessante sobre a emergente carreira da rapper, é o fato de estar se tornando aos poucos um ícone LGBT, mesmo que de maneira não intencional. M.A. é homossexual, e é um dos jovens artistas mais requisitados do momento. O essencial para o rap abrir a cabeça.
Existe algum nome que você acha que irá estourar em 2017 e que não está na lista? Deixe nos comentários, e quem sabe, teremos uma segunda parte desse post. Espero que tenham gostado.