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Raplogia homenageia Kobe Bryant e relembra a breve carreira do astro dos Lakers como MC

By 14 de abril de 2016 No Comments

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Após uma trajetória vitoriosa no Los Angeles Lakers, Kobe Bryant se aposentou ontem, 13 de abril. A última partida da carreira do craque foi a vitória por 101 a 96 contra o Utah Jazz, no Staples Center, em Los Angeles. Com 5 títulos da NBA conquistados e premiado duas vezes como MVP das finais, ele é, sem dúvidas, um dos maiores jogadores de basquete da história. Porém, o esporte não é a única paixão na vida de Kobe. Ele também possui uma ligação muito forte com a cultura hip-hop e, inclusive, já tentou ser rapper.

Essa história começou em 1998, quando Bryant estava em New Jersey. Lá, ele ficou por algumas semanas na mansão de Steve Soute, da Sony Entertainment. Empresário de sucesso dentro da indústria fonográfica urbana, Stoute assinou com o grupo de Kobe, CHEIZAW. Mesmo com a vida de atleta consumindo a maior parte do tempo, o jovem estava disposto a ser um rap star.

E foi essa disposição que o fez ir para Nova York, onde poderia trabalhar com nomes como Nas, Big Pun, Noreaga, Nature e 50 Cent, que estava em ascensão. Além deles, o empresário orquestrou a volta de Will Smith para o Rap com o disco Big Willie Style e trouxe grandes produtores, como Trackmasters, para trabalhar com Bryant no famoso estúdio The Hit Factory.

A intenção de Kobe era batalhar com todos estes artistas, mas o primeiro alvo foi a dupla Punch & Words. Ele e seu parceiro do CHEIZAW, Broady Boy, conseguiram batalhar por alguns rounds, até que o estoque de rimas de Broady acabou e Bryant aconselhou o amigo a melhorar o desempenho.

Em novembro de 1999, Anthony Bannister, outro membro do CHEIZAW, teve uma conversa com Kobe durante o café da manhã. Ele não aprovava as mudanças no estilo musical, que, de acordo com Bannister, estava virando um estilo mais pop. Kobe foi criado com raízes no underground hip-hop, mas a construção do atleta em um astro da música precisava de um som mais amigável e que tocasse nas rádios.

Lenny Nicholson, A&R da Sony, então propôs colocar a supermodelo Tyra Banks no refrão da música. A estratégia de marketing não deu muito certo, e o single que teve uma apresentação na NBA TV durante a semana de All-Star, teve seu vídeo dirigido com Hype Williams nunca realizado.

O fracasso do single e a saída de Steve Stoute da Sony, fizeram Kobe voltar ao estúdio e tentar retrabalhar a sua carreira com rimas complexas no maior estilo underground. A Sony não gostou da ideia, e em 2000 o atleta foi retirado do plantel da gravadora. No mesmo ano, ele e Jerry Washington, seu agente musical, fundaram a Heads High Entertainment, que não conseguiu se desenvolver e foi desmantelada pouco tempo depois.

A carreira de Kobe no rap pode ter acabado, mas a sua influência ficou. Como podemos ver no gráfico abaixo feito pelo Rap Stats, ferramenta do site Genius, o atleta dos Lakers é o mais citado em letras de rap, comparando com jogadores contemporâneos a ele e só perde para Jordan, que jogou alguns anos da liga ao mesmo tempo que Kobe.

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A carreira de Kobe no rap ficou para a história, o astro dos Lakers definitivamente largou a carreira de rapper e virou um mito do basquete. As noites da NBA nunca mais serão as mesmas com a ausência desse super craque.

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