O ano é 1999, o Woodstock original fazia trinta anos de idade. Após uma edição em 1994, esta edição seria a segunda a emular em grande escala o festival de 1968.
O evento foi um sucesso, apesar de um nível elevado de violência, com mais de duzentas mil pessoas comparecendo ao festival. O hip-hop teve presença baixa no evento, com artistas como o grupo 3rd Bass, Ice Cube, Wyclef, The Roots e principalmente, DMX.
Na época, DMX era um dos rappers – ou o mais – quentes do cenário. Até então os seus dois discos lançados, It’s Dark and Hell is Hot e Flesh of My Flesh, Blood of My Blood, eram sucesso de crítica e público, com ambos chegando ao topo da Billboard 200. Ele ainda não havia entrado no mundo dos filmes, mas foi exatamente nesse ano que as portas começariam a se abrir.
A performance de DMX no festival ocorreu no dia 23 de Julho, no palco principal do evento, que teve James Brown e a banda Korn naquele mesmo dia, e teria nos próximos Rage Against The Machine, Metallica e Red Hot Chili Peppers. Em um Woodstock repleto de bandas de rock e seus subgêneros, ao entrar no palco, DMX mostra que o seu estilo agressivo não encanta só os fãs de hip-hop, mas um público muito maior.
A energia de DMX na performance é enorme, honrando o fato de ser chamado de um dos maiores rappers em performances – da época. Nada de playback, X faz toda a apresentação no gogó, em sintonia com o DJ, que serviu em alguns momentos como hypeman.
Foram cerca de cinquenta minutos de apresentação em um calor insuportável em Rome, no estado de Nova York. Particularmente, classifico essa como uma das grandes performances do rap para um público que não se tratava majoritariamente de fãs de rap. O Raplogia traz até vocês o show completo, e você pode assisti-lo no início do post.
