Notícias

Thiago Elniño anuncia lançamento do disco “A Rotina do Pombo”

By 13 de janeiro de 2017 No Comments

thiago elniño.JPG

Após boas críticas da faixa Diáspora e do EP Filhos De Um Deus Que Dança, o rapper Thiago Elniño se prepara para lançar o disco A Rotina do Pombo, prometido para o dia 01 de Fevereiro.

Produzido durante 5 anos, o CD tem instrumentais de produtores de diversos cantos do país, com sonoridade boom bap e jamaicana e participação de nomes importantes do hip-hop nacional, como Rincon Sapiência, MC Sant, Flávio Santo Rua (Antiéticos), Tamara Franklin, KMKZ (Moustrack) e Douglas Din, além dos gêmeos Raony e Keops da banda Medulla.

O álbum conta a história de Sem Nome, um rapaz negro de 27 anos que sonha em ser músico enquanto trabalha em um sub-emprego e passa por dificuldades comuns aos jovens afro-brasileiros. No disco, cada participação é encarada como um personagem que habita a cidade fictícia, que contém elementos de Volta Redonda (RJ), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.

“Escolhi esse nome para o disco porque os pombos, assim como os pretos, são vistos como uma categoria menor de espécie. Todos os dias, milhares de pombos se degladiam em solos cobertos por asfalto e cimento nos grandes centros urbanos em busca de alimentos. Já os pretos prestam serviços fundamentais: limpam, preparam o alimento, guardam o patrimônio, mas mesmo assim são indignos de confiança e sofrem toda a carga de preconceitos.”

Junto ao disco será lançada uma plataforma/galeria virtual que expões trabalhos de diversos artistas que fazem leituras sobre o conceito do disco. Ao todo, o projeto chega a ter mais de 50 colaboradores.

Questionado sobre o fato de muitos rappers ainda não conseguirem se sustentar inteiramente da música, Thiago Elniño é contundente na resposta:

“Acredito que o consumo cultural está completamente ligado à educação, e o consumo hoje está ligado ao capitalismo e à globalização que tendem a padronizar o que se consome em um formato de produto. Esse produto condiz com o que a elite, que detém os meios de produção, lapida. Se a criação do produto não fica nas mãos dessa elite, a distribuição fica.
Mais artistas viveriam bem se esse ciclo fosse quebrado, mas isso não é uma obrigação da arte e sim da educação e da sociedade como um todo.”

 

Deixe seu comentário!
Share this...
Share on Facebook
Facebook
Tweet about this on Twitter
Twitter