Novembro de 2007, o jogo não é mais o mesmo. Diferentes rappers começam a tomar o cenário, e alguns dos grandes dinossauros que fizeram carreira nos anos 90 não estão mais por aí. Mas lembre-se, eu disse alguns, pois Jay-Z nunca foi embora, ele só nos deixou por um pequeno período para voltar mais maduro e criativo, e grande parte disso, se deve ao projeto American Gangster.
Kingdom Come não foi a melhor volta da aposentadoria, definida em 2003 e que foi consagrada com o projeto The Black Album, um dos melhores da carreira do rapper. Quando voltou, muitos acharam que ele não seria o mesmo. Mas Jigga estava apenas recuperando a forma: no dia 6 de Novembro de 2007, ele lançava American Gangster, um disco conceitual que era lançado dias depois do filme homônimo de Ridley Scott que contava a história do mafioso Frank Lucas.
American Gangster é inspirado no filme, quase uma trilha sonora. Mas usa como background histórias pessoais de Jay e uma histórica ficcional separada por atos: ascensão, sucesso e a queda de um gângster nova-iorquino. Lembre-se, Jigga foi um dos grandes artistas do “movimento” do mafioso rap nos anos 90, some alguns anos e uma bagagem incrível, e tenha o projeto American Gangster.
Quase inteiramente produzido por Diddy, American Gangster lembra os mafiosos mais refinados das telonas. Impossível não lembrar de Michael e Vito Corleone, Jimmy Conway, Sam Rothstein, Tony Soprano e Frank Lucas, usando seu casaco de pele, sua marca registrada.
São apenas três colaborações creditadas: Lil’ Wayne, sensação do cenário na época; Beanie Sigel e Nas, em sua segunda colaboração com Jigga.
Em minha opinião pessoal, American Gangster havia sido o último grande projeto solo de Jay-Z até o lançamento de 4:44 neste ano. Por isso, essa data vai servir para colocar os fones e entrar no universo cinematográfico das rimas de Jay!