O beatmaker, é considerado o décimo melhor do Brasil, pelo canal Universo Estranho, e vem colhendo os frutos de aprendizado e batidas inovadoras. Pedro Igor – o nome de batismo do artista – é responsável, ao lado de Kizzy, pelos instrumentais do álbum Celebridade (2020) de Orochi.

Nascido e criado em São Gonçalo, filho de pai vitrinista de loja esportiva mãe dona de casa, aprendeu desde muito cedo a correr atrás dos seus objetivos. Ele conciliava as tarefas domésticas com a mãe e seu sonho em ser jogador de vôlei.

Nesse mesmo período, aos dez anos de idade, ele teve contato de fato com o mundo musical. Dentro do repertório que o beatmaker escutava por influência da sua família, figuravam artistas como: Zeca Pagodinho, Pitty, Revelação e Marcelo D2, no entanto, o gênero que mais chamava atenção era o funk pelo conteúdo das letras de “proibidão”.

A ideia de ser beatmaker surgiu de forma natural, quando levava o tablet de sua avó para a escola e usava apps de MPC para fazer batidas durante o intervalo. No final de 2014, ele conheceu pela internet uma das mais famosas Batalhas de Rap do Brasil, a Batalha do Tanque – que tinha MC Orochi como o maior destaque.

Jess ainda mantinha seu sonho de ser jogador de vôlei. Com foco na rotina de treinos cansativos, isso acabava impedindo-o de acompanhar pessoalmente as batalhas. Com os anos, as chances de se tornar um profissional foram diminuindo, o que fez com que ele desistisse de vez da carreira de atleta.

No mesmo ano, recebeu uma proposta de emprego junto com seu pai para trabalhar na Bahia. Sem se adequar por lá, juntou todo dinheiro que tinha conquistado e retornou para Rio com o objetivo de ser DJ de Rap em São Gonçalo. Voltando a cidade, pode finalmente conhecer pessoalmente Orochi, assim como Azevedo e outros integrantes do Modéstia Parte. Logo passou a ser o DJ do grupo nos eventos.

O nome artístico surgiu na primeira apresentação, onde usou como inspiração o personagem Jesse Pinkman da série “Breaking Bad” pelo desenvolvimento do personagem na série: um aprendiz se aperfeiçoando para se tornar mestre.

Em 2017, montou o próprio estúdio com o dinheiro arrecadado com a produção do cantor Zamba. No mesmo ano ele havia produzido junto com Samurai Mc e Doug a música Tank é a tropa. Gravada dentro de seu armário e feita em homenagem para o lugar que abriu os horizontes para ele: a Batalha do Tanque.

2018 foi um ano de estabilização e ascensão. Morando com Orochi, produziram a música “Vermelho Ferrari” uma das primeiras do álbum Celebridade. Um fato curioso sobre essa música é que Jess teve que refazer todo o beat, pois no dia da gravação houve uma queda de luz e ele perdeu tudo que estava no HD.

A segunda produção foi a música “Assault“, seguida de “Acelerando“. Jess soltou o beat no carro durante uma viagem em que faziam para um show em Campinas. No trajeto, Orochi escreveu o primeiro verso da música dentro do carro. O resultado? Mais de 13 milhões de views no YouTube

A quarta faixa foi a música “Feiticeira“. O beatmaker colocou o beat alto às 7h da manhã e Orochi já acordou compondo a música. Dentro de todas essas faixas, a música “Sanguessuga” foi reservada para lançamento posterior.

Futuramente, Jess se imagina não só como um beatmaker e DJ, e sim como um artista. Segundo ele “A música inicia no beatmaker e ele merece o devido reconhecimento”.

Deixe seu comentário!
Share this...
Share on Facebook
Facebook
Tweet about this on Twitter
Twitter